O Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp) vem a público manifestar seu mais veemente repúdio à aprovação em primeiro turno do projeto de lei que determina a extinção de mais de 4.200 vagas públicas de emprego na Prefeitura de Vitória da Conquista. Esta medida, impulsionada pela gestão da prefeita Sheila Lemos e respaldada por uma maioria na Câmara de Vereadores, é um verdadeiro ataque aos direitos dos trabalhadores e à estrutura do serviço público municipal.
A favor desta medida desastrosa votaram os vereadores:
- Ivan Cordeiro (PL)
- Lúcia Rocha (MDB)
- Luís Carlos Dudé (UB)
- Nelson de Vivi (PSDB)
- Nildo Freitas (UB)
- Adinilson Pereira (UB)
- Chico Estrela (PDT)
- Marcus Vinícius (PODE)
- Dinho dos Campinhos (Republicanos)
- Edivaldo Ferreira Júnior (PSDB)
- Bibia (UB)
- Hermínio Oliveira (PP)
- Ricardo Babão (PcdoB) (este último, apesar de membro da bancada de oposição, se mostra aliado ao governo).
Esses nomes ficarão marcados na história de Conquista como os responsáveis por enfraquecer o serviço público, prejudicando diretamente milhares de famílias e a qualidade do atendimento à população. O projeto extingue vagas fundamentais como agentes de serviços gerais, gari, auxiliares administrativos, motoristas, mecânicos e outros, que são essenciais para o funcionamento da cidade.
Um projeto contra a classe trabalhadora
Sob o pretexto de “modernização fiscal e administrativa”, a gestão Sheila Lemos dá continuidade às políticas de desmonte dos serviços públicos. Este discurso não passa de uma tentativa de mascarar a intenção de substituir o trabalho digno e estável por contratos precários, terceirizações e privatização de funções essenciais.
A decisão de extinguir vagas sem a possibilidade de novos concursos significa um golpe direto contra a classe trabalhadora, que já enfrenta o aumento do desemprego e a falta de políticas públicas efetivas. Além disso, essa medida enfraquece a própria Prefeitura, reduzindo a capacidade de atendimento à população e concentrando ainda mais desigualdades.
O regime de urgência imposto pela Prefeitura para aprovar o projeto antes do recesso é mais uma demonstração de autoritarismo e desrespeito às instâncias democráticas. Ações como esta ignoram o diálogo com os trabalhadores e sindicatos, atropelando os interesses coletivos em nome de interesses que não refletem as demandas reais da população conquistense.
O Simmp reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos trabalhadores e do serviço público de qualidade. Repudiamos veementemente as ações da gestão Sheila Lemos e dos vereadores que apoiam esse retrocesso.
A população conquistense não esquecerá os nomes daqueles que escolheram destruir mais de 4.200 vagas de emprego e comprometer o futuro de tantas famílias. Este é um recado claro: não nos calaremos, e a luta contra essa injustiça está longe de terminar.
E novamente ressaltamos: enquanto os conquistenses assistem mais de 4.200 vagas de emprego público serem aniquiladas, a prefeita e sua gestão demonstram total desconexão com a realidade enfrentada pela população. Sob o mesmo governo que prega austeridade para os servidores e desmonte do serviço público, Sheila Lemos propõe aumentos escandalosos para si mesma e sua equipe por meio do PL 94/2024, aprovado pelos vereadores. O salário da prefeita saltará de R$ 19.132,00 para R$ 30.000,00 — um reajuste de 56,8%. O vice-prefeito terá um aumento de 61,23%, com seus vencimentos passando de R$ 12.404,00 para R$ 20.000,00. Já os secretários municipais, cúmplices dessa agenda de destruição, terão seus salários elevados de R$ 10.844,00 para R$ 18.000,00 — um acréscimo absurdo de 66%.
Trabalhadores unidos contra o desmonte do serviço público e contra o discurso demagógico do Executivo Municipal que aumenta vergonhosamente seus privilégios e tripudia sobre o servidor público.