Entre formações, paralisação, mobilizações, visitas, reuniões e articulações intersindicais, o Simmp protagonizou mais uma semana intensa de trabalho combativo e necessário. De segunda a sexta-feira, o Sindicato esteve presente onde sempre deve estar: ao lado da categoria, nas ruas, nos fóruns de debate e nas trincheiras da luta por justiça social.
A agenda começou na segunda-feira (4) com a realização da 3ª Formação Sindical do ano, que trouxe como tema “Saúde Mental: Caminhos para uma Vida Saudável”, debatido com o professor Gilberto Coelho. O encontro reuniu professoras e professores para refletir sobre o adoecimento mental causado pela precarização da profissão docente e sobre a urgência de construir espaços de cuidado coletivo como forma de resistência política.

Na terça-feira (5), a mobilização ganhou força. A categoria atendeu ao chamado do Simmp e paralisou suas atividades nos três turnos letivos, exigindo o pagamento retroativo do reajuste do Piso Nacional do Magistério (referente aos meses de janeiro a maio), o cumprimento do Plano de Carreira e o fim da precarização das condições de trabalho. O ato público realizado pela manhã na porta da Prefeitura escancarou o descaso da gestão municipal e reafirmou a disposição da categoria para o enfrentamento.

Ainda na terça-feira, o Simmp realizou uma importante visita às unidades escolares das áreas rurais, promovendo o diálogo direto com os trabalhadores e trabalhadoras do campo sobre a importância da organização sindical e da participação ativa nas atividades convocadas pelo Sindicato. Levar a luta sindical para todos os territórios é fortalecer a unidade da categoria.

A quarta-feira (6) foi dedicada à reunião da diretoria executiva, da assessoria jurídica e da Comissão dos Precatórios do Fundef, que tratou de estratégias e esclarecimentos sobre o andamento do processo entre União e Município. O Simmp segue firme na cobrança por celeridade no pagamento desses recursos, que pertencem aos professores e à educação pública.

Na quinta-feira (7), a agenda começou cedo com a participação da presidente do Simmp, professora Greissy Reis, em uma audiência pública no auditório da OAB – subseção Vitória da Conquista, convocada pelo Movimento População de Rua. O espaço teve como objetivo denunciar violações graves de Direitos Humanos, especialmente relacionadas ao tratamento hostil da Guarda Civil Municipal aos moradores em situação de rua e à negligência estrutural no atendimento realizado pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). O Simmp se soma a essa luta porque entende que defender a educação pública é também defender a dignidade humana e os direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras, estejam onde estiverem.

Ainda na quinta-feira, durante todo o dia, o Sindicato prestou atendimento jurídico aos professores mencionados na Portaria 340/2024, com orientação e entrada de recursos administrativos em resposta às decisões injustas e arbitrárias impostas pela Prefeitura.
E a semana se encerra nesta sexta-feira (8) com a participação do Simmp na reunião do Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista, ao lado de sindicatos, movimentos, partidos e entidades da sociedade civil. A pauta central será a discussão sobre a lei recém-promulgada pela Câmara Municipal, que autoriza o uso da Bíblia nas escolas públicas, um grave ataque à laicidade do ensino e ao caráter democrático da educação, que precisa ser enfrentado com seriedade e articulação.

Enquanto o Governo Municipal aposta na desinformação, na morosidade e no autoritarismo, o Simmp segue firme, mobilizado e combativo. Porque a educação pública não se faz com medo — se faz com coragem, organização e luta coletiva.