Na manhã da última quinta-feira (18), no auditório do Sindicato dos Bancários, o Simmp reuniu-se com os Coordenadores Escolares para um debate essencial. Este encontro revelou a dura realidade enfrentada por esses profissionais, marcada pela falta de apoio pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e por inúmeros problemas no exercício de suas funções. Entre eles, destacam-se a desvalorização salarial e a ausência de incentivos significativos para aprimoramento profissional.
Durante o encontro, professoras da rede pública municipal de ensino compartilharam suas experiências, umas com as outras como foi o caso da Professora Adriana Guimarães, que enquanto Coordenadora Escolar aprovou a iniciativa do Simmp na promoção de atividades específicas como essa. “Precisamos de momentos assim de escuta por parte do sindicato para com os Coordenadores. Nas assembleias não dá pra colocarmos nossas angústias e problemas individualizados como foi no encontro”, aprovou a professora.
Vários dos questionamentos foram levados ao facilitador do espaço, o Prof. Dr. Cláudio Nunes. O professor confessou ao Simmp que sua participação se deu no âmbito da escuta e conversa, pois os professores ali em questão, no cargo de Coordenadores Escolar, “precisavam ser ouvidos, queriam falar, desabafar e tiveram oportunidade para tal”. Contudo, tanto os professores presentes como o Simmp avaliaram de maneira mais que positiva, inclusive necessária, tendo em vista a experiência e a formação de Nunes.
Ainda sobre o espaço ele afirma: “muitos professores queriam falar das condições de trabalho e nem tanto pelo pedagógico, mas pelas condições estruturais e do processo laboral deles nas unidades de ensino. Foi um espaço importante e expressivo para que eles pudessem relatar suas condições de trabalho de maneira coletiva e a partir disso refletir sobre quais seriam as condições ideais, o que há de positivo e o que necessita de arrumações na dinâmica do trabalho dos Coordenadores Escolares das unidades de ensino do município de Vitória da Conquista”, finalizou.
Muitas vezes, essas limitações são exacerbadas pela negligência do poder público, que falha em proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento educacional e profissional dos Coordenadores Escolares. A Secretária de Divulgação e Imprensa do Simmp, professora Lígia Correia, expressou um sentimento parecido. Segundo ela “os incentivos dos Coordenadores não condizem com a quantidade de trabalho recheado de inúmeros programas e relatórios sem fim”, ela complementa: “o poder público não sentou à mesa com o sindicato na campanha salarial pra discutir valorização dos coordenadores, sendo assim, eles continuam com o mesmo percentual de rendimentos e acúmulo de trabalho maior nas unidades de ensino”, disparou.
É crucial que iniciativas como essa continuem a ampliar a conscientização e a pressionar por mudanças efetivas. Os Coordenadores Escolares desempenham um papel fundamental na estrutura educacional, e é imperativo que sejam reconhecidos e apoiados adequadamente para garantir um ensino de qualidade. Juntos, precisamos continuar lutando por condições dignas e justas para todos os trabalhadores da educação.
