Na manhã desta segunda-feira (30), a candidata à prefeitura de Vitória da Conquista, Lúcia Rocha (MDB), esteve reunida com a diretoria do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp). A candidata, acompanhada de sua equipe, demonstrou disposição em dialogar com a categoria, e afirmou, de maneira enfática, que, se eleita, contará com a colaboração ativa do sindicato na gestão da educação pública municipal. “Quem bem conhece a realidade do município, da educação, são vocês, então é com vocês, com essa participação que queremos governar”, declarou Lúcia, indicando que a escolha da chefia da Secretaria Municipal de Educação será feita pela categoria de professores.
Durante o encontro, Lúcia Rocha se comprometeu a resgatar o plano de carreira dos professores, que foi desmantelado no governo de Herzem Gusmão e rebaixado ainda mais na gestão atual de Sheila Lemos (União Brasil). Ela garantiu que respeitará os direitos assegurados pela legislação e que, caso eleita, seu governo terá como prioridade o aperfeiçoamento do plano, visando a valorização e o reconhecimento dos profissionais da educação.
A candidata também tocou em pontos cruciais sobre o transporte escolar, criticando o elevado custo e a precariedade das condições dos veículos que atendem os alunos do campo. Lúcia prometeu reestruturar esse serviço e afirmou que seu plano inclui a construção de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) no campo, otimizando o acesso das crianças à educação básica.
Seguindo a linha crítica de outros candidatos, como Marcos Adriano (Avante), Lúcia Rocha foi firme ao condenar o processo de privatização da merenda escolar implementado pela gestão atual do Executivo Municipal. O Simmp enxerga nessa política liberal um grave retrocesso, assim como Lúcia, especialmente no que diz respeito ao impacto negativo no ambiente pedagógico e à desvalorização dos profissionais da merenda. Por fim e não menos importante, Lúcia propôs a criação do cargo de Gerente Administrativo, que atuará ao lado do Diretor Escolar na gestão financeira das escolas e Cmeis, além de garantir um aumento nos rendimentos dos vice-diretores.
A discussão sobre a educação pública precisa ir além das promessas de campanha; é fundamental que se eleve o nível do debate político, entendendo a educação como um pilar para o desenvolvimento social e a transformação da cidade. Sem um plano robusto, inclusivo e centrado na valorização dos profissionais e na garantia de direitos, qualquer proposta se torna vazia. O Simmp e os professores são atores-chave nesse processo, e sua participação não pode ser apenas consultiva, mas decisiva na formulação de políticas que de fato coloquem a educação pública de Vitória da Conquista em um novo patamar.
